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Arquitetos: Ricardo Yslas Gámez Arquitectos
- Área: 1880 m²
- Ano: 2019
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Fotografías:Jaime Navarro Soto
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Fabricantes: AutoDesk, Cemex, Cristalo, Estevez, Gravalock, PUNTO FORZA MOBILI
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado na periferia de Zapopan, México, este projeto consiste no edifício de escritórios da Anteus Constructora, e está integrado no plano diretor de sua planta fabril. A obra desenvolve-se numa área de 1.882 metros quadrados, incluindo estacionamento e circulação, num terreno de 6 hectares. Para criar um espaço corporativo que represente a empresa, tanto ao nível da qualidade como dos processos construtivos, foram utilizados os sistemas e materiais construtivos que a construtora desenvolve, que incluem: lajes pós-tensionadas, lajes protendidas, concreto auto adensável, paredes basculantes e treliças pré-moldadas in loco, complementado com o manuseio adequado dos acabamentos de concreto aparente.
A premissa do projeto consistia no desenvolvimento de um edifício de dois andares quase inteiramente feitos de concreto, o que valorizaria tanto o exterior quanto o interior devido à sua combinação de texturas e séries de volumes. No interior, as paredes de concreto e pé-direito duplo geram uma atmosfera confortável e iluminada por meio de grandes claraboias. O núcleo do projeto é definido por um pátio interior que alberga uma árvore, permitindo a entrada de iluminação e ventilação natural. De um lado deste elemento, estão as escadas que são circundadas por uma treliça de concreto. Considerando a tipologia do projeto, optou-se por conceber espaços de trabalho abertos, configurados em torno de um pátio central, que são delimitados pelo próprio mobiliário e pela mudança de materiais. Essa característica promove uma organização horizontal e permite a interação dos colaboradores. Além da utilização de concreto, o projeto integra a carpintaria em diferentes espaços, que foram pensados para criar um contraste de tons, além de um jogo de luz e sombra. Desta forma, cria-se um ambiente sóbrio e contemporâneo através da utilização de materiais industriais e naturais, como madeira, aço e vidro.
No exterior, a circulação e o estacionamento foram feitos com sistemas filtrantes e materiais como brita e concreto permeável que comunica-se com o edifício por meio de escadas de concreto, semelhantes às improvisadas no local com compensados reaproveitados. Considerando o seu contexto imediato, o edifício foi pensado para se tornar uma referência pela sua paisagem urbana e edificada. O projeto paisagístico foi considerado com vegetação endêmica e com baixo consumo d'água, conseguindo que o projeto se estenda em seus 6 hectares e esteja integrado à sua paisagem natural. Em termos de sustentabilidade, o edifício inclui estratégias bioclimáticas como ventilação cruzada, iluminação aérea e captação de chuva. Da mesma forma, todos os sistemas estruturais e materiais foram fabricados no local, reduzindo o impacto ambiental da construção e as emissões de carbono.